19 grupos, coletivos e coletivas LGBTQIA+ para acompanhar e enaltecer em 2018

Iran Giusti
11 min readJan 13, 2018

A Revolta da Lâmpada

Foto: Facebook A Revolta da Lâmpada

“A revolta da lâmpada começou como uma manifestação pelo corpo livre, em novembro de 2014: descentralizada, desinstitucionalizada, coletiva, criativa, independente e com equilíbrio de protagonismo entre corpos. o ponto de partida: paulista 777, o local dos ataques de lâmpada.

somos, ao mesmo tempo:

LUTA: organizamos ações políticas pragmáticas, com pauta clara de reinvindicações para: população LGBT, mulher e minorias criminalizadas

FERVO: um espaço de livre expressão artística e de gênero, onde se luta pelo direito de um corpo livre ao mesmo tempo em que se vive e celebra ele.

porque FERVO TAMBÉM É LUTA”, explica a página do coletivo no Facebook.

Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo

Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

São muitos as críticas à Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (muitas inclusive tem fundamento como, por exemplo, as questões administrativas do evento) e um pouco por conta dessas críticas surgiu a Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo. Cada vez mais consciente da luta das mulheres trans, a caminhada é um baita evento que rola próximo à Parada LGBT e enche os olhos por conta das tantas vertentes do movimento, efetividade de pautas e principalmente poder!

Confere no Facebook

Coletiva Luana Barbosa

Foto: reprodução documentário “Eu Sou a Próxima”.

A Coletiva Luana Barbosa nasceu de um Grupo de Trabalho (GT das Pretas) da Caminhada de mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo em 2016 e de lá pra cá botou pra quebrar em todos os cantos da cidade. Em 2017 lançou o documentário/ficção “Eu Sou a Próxima” com relatos de lesbofobia além de articular um monte de eventos e processos de formação ao longo do ano.

Confira aqui.

Bi-Sides

Foto: Facebook Bi-Sides

“Bi-sides é um coletivo originário da cidade de São Paulo que visa articular e criar redes de bissexuais local, nacional e internacionalmente, fundado em 2010.

Nascido da frustração de não se ver representado nas ações e discursos do movimento LGBT, buscamos trazer para o campo do debate, da política e da cultura a nossa presença como grupo significativo dentro da sociedade, elucidando nossas problemáticas e especificidades.

Além de sua função política, o Bi-sides pretende, através de encontros e reuniões, transbordar o ativismo virtual para ações concretas no mundo físico, podendo realizar-se em forma de atividades lúdicas, oficinas, saraus, happy-hours, atos, presença coletiva em protestos, audiências… do modo que for mais condizente com o contexto, os participantes e os objetivos estabelecidos comunitariamente”, explicam em sua página no Facebook.

Primavera Bissexual

Foto: reprodução Facebook Primavera Bi

É bem raro encontrar um evento em São Paulo que não tenha a presença do pessoal da Primavera Bi. Além da série de eventos do mês do orgulho e visibilidade Bissexual (setembro), o grupo realiza uma série de falas e atividades ao longo do ano.

Segue aqui pra acompanhar.

Asiáticos Pela Diversidade

Foto: reprodução Facebook Asiáticos pela Diversidade

A página Asiaticos pela diversidade propõem “através do humor e divulgação de notícias, aumentar a visibilidade da comunidade asiática (seja do oriente-médio, do sul asiático, do sudeste asiático ou do extremo leste) em toda a sua diversidade étnica, religiosa, linguística e sexual”. Além do engajamento online, com cerca periodicidade o grupo se reúne para trocar vivencias e também realizar eventos.

Acompanhe aqui.

Manas e Monas

Foto: Bernardo Camâra

O coletivo que completou dois anos e tem como principal evento o sarau mensal ganhou casa fixa na Casa 1, Centro de acolhida e cultura LGBT em São Paulo (além das edições especiais como a edição na Virada Cultural e também a edição junina no Shuffle Bar). Plural, dinâmico e cheio de gente querida é daqueles eventos que não dá pra perder.

Segue a galera por lá.

Cursinho Popular Transformação / Transarau

Foto: Reprodução Facebook Cursinho Popular Transformação

“Cursinho Popular Transformação, educação e cultura voltadas para pessoas trangêneras, travestis e não binárias em São Paulo. Aulas de segunda a quinta-feira, à noite, na Ação Educativa, Rua General Jardim, 660 — Vila Buarque, São Paulo.” explica a página no Face.

Já o TRANSarau é um evento organizado pelos e pelas estudantes e equipe do Cursinho que conta com “performances poéticas (ou não), dança, bateção de cabelo e microfone aberto”. Em 2017 foi contemplado por um edital e publicou uma antologia impressa de poesias T. Foi lindo de ver.

Vote LGBT

Foto: Reprodução Facebook Vote LGBT

O Vote LGBT começou como um site que reunia candidatos e candidatas pró direitos LGBT, com o passar das eleições cresceu e apareceu: além das pesquisas sobre comportamento político realizado por uma equipe de primeira na Caminhada das Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo e da Parada LGBT de São Paulo, o grupo se uniu a outros grupos minorizados para criação da plataforma #MeRepresenta que reúne candidatos e candidatas pró direitos humanos e em 2017 fez sua primeira pesquisa em uma Parada na fora da região central.

Acompanha esse trampo foda aqui.

Toda Deseo

Foto: reprodução Facebook Toda Deseo

“A Toda Deseo é um coletivo de artistas mineiros, envolvidos com questões relacionadas às identidades de gênero.

Com seu primeiro trabalho, o “Espetáculo-Festa: No Soy un Maricón”, o coletivo integrou a programação do Ciclo de Debates do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT — NUH UFMG, a VI Bienal de Jovens Criadores, realizada pelo Ministério da Cultura em Salvador. Participou também da programação do Conexão BH, da II Virada Cultural de Belo Horizonte, do Festival de Verão da UFMG e foi convidado a abrir uma das noites da programação do Festival Palco Giratório, projeto organizado pelo SESC.

Entre as ações desenvolvidas pelo coletivo, se encontram as Fechações — criações de intervenções cênico-musicais; a performance “Corpos que não Importam”; o espetáculo teatral “No soy Un Maricón”; e o Campeonato Interdrag de Gaymada, realizado em espaços públicos de Belo Horizonte.

No ano de 2016, o coletivo estreou dois novos espetáculos: Nossa Senhora e SER — Experimento para tempos sombrios. Todo seu repertório se mantém ativo”, explica o grupo na sua página do Facebook.

Ah, de quebra eles também são os responsáveis pela Gaymada em BH, que inspirou a edição paulista.

Associação Bauru pela Diversidade

Foto: Natan Henrique

“A Associação Bauru pela Diversidade, fundada em agosto de 2008, nasceu do ideal de constituição e expansão dos direitos de igualdade na diversidade,” explica o grupo no Facebook, que organiza diversos eventos no interior de São Paulo. x

Coletivo Trans Sol

Foto: Reprodução Facebook Trans Sol

“O Coletivo Trans sol foi criado por cinco voluntários que atuaram durante um ano de 2017 dentro da Incubadora Pública de Direitos Humanos no Cambuci, ensinando moda, costura e bonecaria, com o intuito de modificar a forma com que a sociedade entende mulheres trans e travestis através da geração de renda, participando de feiras e oficinas para inserção no mercado de trabalho e quebra de preconceito”, explica a página no Facebook.

Em 2017 o coletivo participou de diversas edições da feira Jardim Secreto, da ação Melissa Meio Fio no Teatro Oficina e também na confecção de peças estampadas pelo JAMAC. Só coisa linda.

English To Trans-Form

Foto: Reprodução Facebook English To Trans-Form

O English to Trans-form começou como um projeto de ensino de inglês gratuito para população transgênero. Com o tempo passa atender a população LGBT e na parceria com a Casa 1 atende população em situação de vulnerabilização de todas identidades de gênero e orientação afetiva-sexual.

Além das aulas, o grupo ainda realiza atividades especiais como o maravilhos Drag Bingo! Confere lá.

Rede Nacional de Adolescentes LGBT

Foto: reprodução Facebook Rede Nacional de Adolescentes LGBT

“Somos uma Rede de Adolescentes LGBT de norte a sul do Brasil lutando por uma educação conscientizadora, inclusiva, e verdadeiramente contra a LGBTfobia”, afirma o grupo nas suas redes sociais. Composta por jovens de 13 a 19 anos que realizam uma série de ações nos seus espaços de convivência. De quebra, no fim do ano passado publicaram online um livro de relatos de adolescentes LGBT que você pode baixar aqui.

Uma galera bem incrível de ver.

TODXS

Foto: Tarcisio Generoso

“A TODXS é a primeira startup social brasileira sem fins lucrativos que promove a inclusão LGBTI+ através da coleta de dados, seu processamento e tradução em iniciativas direcionadas para nossos três pilares: Sociedade, Governo e Empresas. Nossa missão é empoderar a comunidade LGBTI+, educando a sociedade e transformando o Brasil em um país verdadeiramente inclusivo e livre da discriminação.

Atualmente, somos um grupo de jovens voluntárixs lutando para construir uma sociedade melhor e mais justa para a comunidade LGBTI+ brasileira. Além de disseminarmos conteúdos e informações relevantes para o nosso público, trabalhamos com projetos como o TODXS Empoderadxs, que visa dar visibilidade para pessoas LGBTI+ através de depoimentos pessoais, e o TODXS Embaixadorxs, programa online de capacitação de futuros Jovens Líderes LGBTI+,” explicam nas redes sociais.

Para saber mais acesse: www.todxs.org

Coletivo LGBT Comunista SP

Foto: Reprodução Facebook Coletivo LGBT Comunista SP

“O COLETIVO LGBT COMUNISTA é uma frente de luta da classe trabalhadora de caráter anticapitalista, focada na articulação política das particularidades da população trabalhadora que tem a exploração também caracterizada pelas opressões decorrentes de orientação sexual e identidade de gênero, opressões estas que não se limitam a aspectos morais, culturais e ideológicos, mas guardam relações com a própria organização do trabalho. Somos um coletivo composto por militantes LGBT integradas à luta e que tem como objetivo se tornar um instrumento de organização e resistência de luta da população LGBT trabalhadora.

Composto por militantes do PCB — Partido Comunista Brasileiro e por militantes independentes, nós nos propomos a atuar concretamente e de forma ativa na luta e na articulação de nossas demandas específicas; contribuir na organização e formação política das LGBT da classe trabalhadora, com ênfase para as LGBT em condição de superexploração e/ou mantidas como exército de reserva; articular a luta particular da população LGBT e a luta mais ampla de toda a classe trabalhadora, de forma a superar a distância entre as lutas LGBT e comunista que permanece como resíduo histórico dos desvios de ambos os movimentos. Assim, se faz necessária a articulação ativa de todas as particularidades da luta da classe para que a real emancipação humana seja possível. Ao mesmo tempo, buscamos organizar a teoria que nos permita compreender as opressões de sexualidade e identidade de gênero na sociedade de classes pelo método materialista histórico dialético,” explicam no Facebook.

Aqui você também consegue ver as orientações do núcleo.

Família Stronger

Foto: reprodução Facebook Familia Stronger

“familia stronger é uma Rede de jovens LGBT perifericos estamos presente em mais de 49 cidades do brasil . Lutamos contra o racismo ,machismo e lgbtfobia e sempre pela população mas vuneravel,” contam no Facebook.

Sempre presentes em eventos e atos pró LGBT, são responsáveis pela articulação da comunidade nos esquecidos espaços periféricos. Em 2017 organizaram a primeira Parada de Cidade Tiradentes em São Paulo.

TransPassando

Foto: reprodução Facebook Transpassando

“O Programa TRANSpassando é um programa de formação para o Enem e formação profissional voltado para travestis e pessoas transgêneras.

A questão fundamental que guia o presente programa é a do enfrentamento a um dos grandes efeitos da violência transfóbica em relação à educação, qual seja: a exclusão, por vias violentas (seja essa violência física e aberta, como ocorre nas agressões e injúrias em ambiente escolar, seja ela ainda simbólica e linguística — recusa à identidade de gênero e ao nome social, por exemplo -) das travestis e pessoas transgêneras nos ambientes de escolarização. (ANDRADE, 2012).

Tal exclusão produz evasão massiva de travestis e trans, fragilizando a formação geral e as possibilidades de formação profissional, repercutindo e ampliando a cadeia perversa de exclusões com respeito a tal
grupo de pessoas, já vigente mais ampla e historicamente a partir do domínio das normas cis e heterocentradas. Tal domínio histórico das normas de gênero, amplificando uma forma historicamente situada e, como tal, passível de construção (mas também e por isso mesmo, de destruição (AMARAL,2000) )ocorre sob todos os pontos de vista da experimentação cultural e social da vida humana, pois a marca da cisgeneridade se espraia, como sabemos, aos mais distintos campos da existência vital dos sujeitos desde aqueles que dizem respeito à ordem da singularidade (como os
atinentes à esfera dos afetos ou à articulação da própria imagem corporal, situadas — desde a norma cisdominante — no terreno da abjeção) aos âmbitos institucional e formalmente estabelecidos, como os educacionais e profissionais, mediados, também em tais esferas, pelas determinações já constituídas nos demais âmbitos de socialização, fundados nas
marcas da norma cis e heterodominantes. (BENTO, 2006, BUTTLER, 2015; VIEIRA, 2015.)
Considerando em particular as implicações atinentes à esfera da formação geral e profissional produzidas num contexto socialmente dominante de transfobia, o presente programa objetiva a constituição de um espaço de formação para travestis e pessoas transgêneras centrado em dois focos distintos porém articulados: 1. Formação para o ENEM, cuja realização
permitirá o acesso à conclusão do Ensino Médio e à concorrência para ingresso nas Universidades e 2. Formação Profissional em áreas de interesse dxs estudantes, formação da qual o programa deve ser instrumento de facilitação, seja através da capacitação diretamente feita no programa, via formadorxs e profissionais voluntários, seja via convênios e parcerias.
O horizonte mais geral do programa pode ser, pois, compreendido como uma ação de educação e combate à Transfobia.

Entendemos que as ações de combate à transfobia devem necessariamente ter nas travestis e pessoas transgêneras sujeitos de tais processos e não meros objetos de processos feitos em seu nome”

Saiba mais no Facebook do projeto

TransEnem BH

Foto: Reprodução Facebook TransEnem BH

“N[os náo temos padráo e somos conceituais
somos travestis, somos trans, mulheres e homens
sonhamos, lutamos e nada vai nos parar

Inha[i, somos transenem bh!

~Cursinho preparatório para o ENEM e de empoderamento voltado para pessoas trans e travestis”. Tá meu bem! Confira mais no Facebook.

Tem mais indicações de projetos legais? Manda no iran.giusti@gmail.com ou pelo Facebook.

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